O que fazer quando as dificuldades batem em nossa porta?
Bom, primeiro temos que estar cientes do quão humanos somos e, logo, estamos sujeitos à inúmeras provações. Pronto, certos disso podemos seguir ao segundo quesito: a mensuração da importância. Precisamos ter em mente, sempre, que a dificuldade se torna maior à medida que atribuímos importância à ela. Todos nós passamos por dificuldades na família, nos relacionamentos, na faculdade. E, muito provavelmente, nas instituições sociais a que nossos pais e avós pertenceram, também testemunharam fases difíceis. Sempre houveram problemas, o mundo presenciou duas Guerras Mundiais, pandemias, massacres. Tenho ouvido que problemas sociais, familiares e afetivos existem desde os primórdios, contrastando com noticiários exibindo a machete “Depressão, o mal do século XXI”.
A presença de dificuldades sempre gerou sentimentos depressivos, melancólicos, em muitos que as sentiram na pele. Talvez, a grande diferença, seja a forma como são encaradas. Na última década, reparei um círculo midiático em torno da depressão como se os primeiros casos tivesses surgido nesse tempo, devido à problemas recentes. Vieram estudos, pesquisas, experimentos com pessoas de várias idades para entender qual é o público mais afetado e por quais razões. Surgiram críticos tachando de frescura e depressivos jurando que estão bem com medo do julgamento. Isso porque, TUDO ganhou mais importância na última década, seja pelo avanço e circulação da informação, seja pela sede da humanidade por desvendar os mistérios dela própria. Ou, seja ainda, pela combinação desses dois fatores.
Mas, me estendi à um assunto tão amplo apenas para relatar o seguinte pensamento que guardo comigo: Todos nós tivemos, temos e teremos dificuldades, herdamos elas, adiamos elas, tentamos nos livrar delas. Usamos nosso precioso tempo falando delas, reclamando delas, dando à elas o troféu de pior dificuldade do ano. Colocamos elas acima de nossos sonhos e, assim, fazemos com que elas sejam um obstáculos para alcançá-los. Comparamos nossos problemas com os problemas no outros, damos aos problemas o adjetivo de insuperáveis, de imbatíveis. E, com esses hábitos, fazemos com que as dificuldades sejam de suma importância, nos fazendo dormir e acordar pensando em algo que diga respeito a elas.
Sejamos resilientes. Sejamos capazes de nos refazer diante das rasteiras e sejamos capazes, principalmente, de aprender com cada problema, com cada obstáculo, com cada tombo. Quando estamos no chão, enxergamos coisas que antes não víamos, andamos com a vagareza que antes não tínhamos e levantamos sabendo que podemos cair mais uma vez. Mais muitas vezes. Não perca tempo tentando encontrar uma maneira de fugir das dificuldades, ganhe tempo encontrando uma maneira de aprender e se refazer com a chegada de cada uma delas…