– Está vendo? – A voz calma e harmoniosa dela corta o silêncio que se fazia presente à algum tempo, ela observava um casal da mesa ao lado.
– O casal feliz e apaixonado? Estou. – Disse ele, insinuando o que esperava dela naquela noite.
Ela deu um meio sorriso, como quem havia entendido. Pegou o drinque dele e apenas molhou a boca. Ela não era de beber.
– Eles não estão felizes. Muito menos apaixonados. Não mais.
Ressabiado, ele faz sinal para que ela prosseguisse.
– Eles estão procurando um amor que não existe mais, que eles perderam. Olhe nos olhos dela. Ela se sente na obrigação de olhá-lo porque é educada, não apaixonada. Ela vai chegar em casa, pegar o telefone e ligar para suas amigas. Vai passar horas contando o quanto ele mudou e como é cansativo quando ele fala de futebol. E ele? Ah, ele não vai entender nada. Nunca entendem. E ficam assim, empurrando um relacionamento infeliz, sem diálogo aberto, poque têm medo de não ter ninguém para apresentar aos amigos e dizer que um pertence ao outro. Por medo de ser sozinho.
◘ ◘ ◘
Ela pára de falar, respira. Nesse instante, a moça da mesa ao lado se levanta, joga um anel no peito do homem e sai, visivelmente atordoada. O cara fica ali, perplexo, olhando uma porção de batata frita intocada.
– Previsível. – ela fala enquanto circula a borda do copo com a ponta do dedo – Então quando decidem por um ponto final, são só mais duas pessoas frustradas no mundo, mas que no fundo procuram um novo amor. Mesmo sabendo que pode vir em forma de decepção, de novo e de novo.
– Por isso você prefere ser seu próprio par – ele não pergunta, ele afirma. Ela olha, tímida, e por fim despeja:
– Eu sou ímpar, meu bem. Ando com minhas pernas, não quero um apoio, apenas alguém que ande ao meu lado. Só subo em uma montanha-russa se eu tiver certeza que não vou querer pular quando estiver no alto. As pessoas costumam ser rasas. Machucam porque não suportam ver a felicidade de quem não precisou delas para ser feliz. Eu acredito no amor, claro que acredito. Mas amor sem favor, sem rancor, sem mais. Só amor e reciprocidade, entende?
◘ ◘ ◘
Ele, que estava fixado nela, desvia o olhar subitamente. Chama o garçom, paga a conta, levanta e estende a mão à ela, que o fita com os olhos cerrados, tentando adivinhar cada movimento.
– Do lado de um número ímpar, tem um par. É a sequência que nos leva ao infinito, você não acha?
uau, adorei!!! Simplesmente disse tudo de uma forma simples e encantadora, parabéns
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Poxa, obrigada, de coração ❤ É bom saber que consegui passar o que eu queria, de um jeito bom, beijosss flor!
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Muito bom o conto! Parabéns!
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Fico feliz que tenha gostado, muito obrigada!!
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Moça, te indiquei no prêmio Dardos!! passo sempre por aqui…então achei justo! =)
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Que delícia receber essa indicação, muito obrigada!!! Passe aqui sempre que quiser, fico muito feliz!
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Adorei demaaaaais!!!
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Obrigadaaaa! Que bom que veio dar uma olhadinha aqui, beijo!
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To adorando seu blog, sempre vejo que vc curte meus posts. Obrigada😘😘
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Com certeza! Seus textos são muito bonsss!
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😄 fico muito feliz que você esteja gostando! Eu To adorando os seus também
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Parabéns pelo blog.
http://www.MAIRANNY.com
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Muito obrigada, de verdade!
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Perfeito!! Perfeito e perfeito! Amei ❤ Parabéns pelo blog
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Obrigada e obrigada! Que bom que gostou, volte sempre!!
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Os textos aqui do blog são incríveis. Parabéns pela escrita, adorei!
“Aka Rauny (@akarauny), social midia manager.
http://www.MAIRANNY.com“
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Muito obrigada mesmo! Volte sempre!
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